Por Mônica Bonilha
Durante as férias, quando minha filha e minha neta permaneceram em casa por vários dias, surgiu uma oportunidade de criar um pequeno ritual para lidar com a saudade do pai: o “Saquinho da Saudade”. Um simples saco de tecido, perfumado com sementes, tornou-se um instrumento de conforto emocional.
O funcionamento é intuitivo: quando a saudade aperta, a criança segura o saquinho, cheira as sementes e pensa na pessoa que está distante. Este gesto transforma um sentimento abstrato em experiência tangível, oferecendo apoio emocional e segurança.
Além de aliviar a saudade, o ritual promove diálogo e compartilhamento de sentimentos. Conversar sobre a partida, validar a tristeza e criar uma rotina de memória afetiva ajuda a criança a compreender e processar emoções, desenvolvendo inteligência emocional e vínculo familiar de forma lúdica e segura.
