Quando uma criança vê alguém lendo, ela não enxerga apenas um adulto com um livro na mão.
Ela vê um exemplo de calma, de curiosidade e de presença.
Ler é um gesto de amor silencioso, mas profundo.
O prazer de ler é uma herança invisível que se constrói no cotidiano.
Não nasce de regras ou metas, mas de pequenas repetições:
um conto antes de dormir, uma revista folheada no sofá, um poema lido em voz alta no meio da tarde.
O livro “Como ensinar seus pais a gostarem de livros para crianças” brinca com essa ideia de que os pais também podem aprender com os filhos.
Porque, no fundo, é isso mesmo: as crianças entendem o que é maravilhar-se, sonhar e brincar.
E a leitura é, justamente, um dos lugares onde esses verbos continuam vivos.
Por isso, mais do que ler para os filhos, é preciso ler com eles.
Dividir o mesmo espaço, o mesmo silêncio e, quem sabe, até a mesma página.
Assim, os livros deixam de ser apenas objetos e se tornam pontes entre gerações, afetos e descobertas.Leitura é hábito, mas também é vínculo.
É um tempo partilhado onde o amor fala baixinho.
E, quando a família descobre esse idioma, ele nunca mais se perde.
